PS5 Pro ganha versão revisada com menos ruído e consumo — vale a espera? | Tech No Logico






PS5 Pro ganha versão revisada com menos ruído e consumo — vale a espera? | Tech No Logico






PS5 Pro ganha versão revisada com menos ruído e consumo — mas será que faz diferença real?

A Sony lançou uma versão revisada do PlayStation 5 Pro na Europa há poucas semanas. E a pergunta que não quer calar é: essas mudanças técnicas fazem diferença real na sua experiência de jogo ou são apenas ajustes de bastidor para reduzir custos de fabricação?

Spoiler: a resposta vai depender do quanto você valoriza silêncio e eficiência energética. Mas também — e principalmente — de quanto você está disposto a pagar por melhorias que, convenhamos, beiram o incremental.

O Que Mudou de Verdade (E O Que Ficou Igual)

O YouTuber Austin Evans colocou as mãos em uma unidade do novo modelo CFI-7121 e fez uma análise minuciosa comparando com o PS5 Pro original. As diferenças são reais, sim, mas sutis — pense em um carro que ganhou um motor mais mais silencioso e consome um pouco menos de combustível, mas continua com a mesma potência. Você percebe a mudança, mas não vai quebrar o velocímetro por causa disso.

Tabela Comparativa: PS5 Pro Original vs. Revisado

Especificação CFI-7100 (Original) CFI-7121 (Revisado) Diferença
Peso 3,103 kg 3,016 kg -87g
Nível de Ruído 47-48 dB 45-46 dB -2 dB
Consumo de Energia Referência 100% 96-97% Economia de 3-4%
Componentes Internos Heatsinks padrão Heatsinks otimizados Melhor dissipação
Controle DualSense CFI-ZCT1W (com mic) CFI-ZCT2W (sem mic) Microfone removido

Por Que a Ventoinha Ficou Mais Silenciosa?

Aqui está o detalhe técnico que importa: a Sony redesenhou o sistema de dissipação térmica interna. Os heatsinks (dissipadores de calor) foram otimizados para distribuir melhor o calor gerado pelo processador e pela GPU customizada. Com a temperatura mais equilibrada, a ventoinha não precisa trabalhar tão intensamente para resfriar o console.

É como se você trocasse o ar-condicionado da sua sala por um modelo mais eficiente que resfria o mesmo espaço com menos barulho. A diferença de 2 decibéis pode parecer pouca no papel — afinal, estamos falando de uma escala logarítmica onde 3 dB representa o dobro da intensidade sonora percebida. Mas em sessões longas de jogo, principalmente à noite, esse silêncio extra se torna perceptível. Especialmente se você joga com fones abertos ou em ambientes silenciosos, onde o zumbido constante da ventoinha pode se tornar… digamos, inconveniente.

A questão técnica real aqui é a geometria dos dissipadores. A Sony provavelmente aumentou a superfície de contato ou otimizou o fluxo de ar interno, permitindo que o calor seja dissipado de forma mais eficiente antes mesmo de precisar da intervenção agressiva da ventoinha. Isso não é magia — é engenharia térmica básica aplicada com precisão.

A Questão do Controle: Economia ou Simplificação?

A remoção do microfone do novo DualSense (modelo CFI-ZCT2W) levanta uma questão importante: isso é uma otimização baseada em dados de uso ou uma redução de custos disfarçada de “melhoria”?

A realidade é que a maioria dos gamers que jogam online já usa headsets dedicados, que oferecem qualidade de áudio superior ao microfone embutido do controle. Então, para cerca de 70-80% dos usuários, essa mudança é irrelevante — ou até positiva, considerando que elimina um componente que poderia apresentar problemas técnicos no futuro (quem nunca teve aquele microfone que começou a captar ruído de fundo do nada?).

Mas se você é do time que usa o microfone do controle ocasionalmente para bate-papos rápidos, essa é uma perda funcional. E aqui fica a pergunta no ar: a Sony deveria ter oferecido as duas versões do controle, deixando o consumidor escolher? Ou essa decisão foi puramente baseada em reduzir a complexidade da linha de produção?

Vale a Pena Para Você?

Se Você JÁ TEM o PS5 Pro Original:

Definitivamente não vale a pena fazer upgrade. As melhorias são incrementais demais para justificar o custo de trocar de console — estamos falando de R$ 7 mil ou mais para ganhar 87 gramas a menos e 2 decibéis de silêncio. Você não vai notar diferença significativa na performance, gráficos ou velocidade de carregamento, porque essas especificações são idênticas. Zero mudança no chip, zero mudança na GPU, zero mudança na memória.

Se Você ESTÁ PENSANDO em Comprar um PS5 Pro:

Aqui a coisa muda. Se a nova versão revisada chegar ao Brasil nas próximas semanas (como esperado, seguindo o padrão do PS5 Slim que chegou no final de setembro) pelo mesmo preço do modelo atual, faz todo sentido esperar. Você leva um console ligeiramente mais leve, mais silencioso e mais eficiente energeticamente sem pagar nada a mais por isso.

É o equivalente a comprar um carro 2026 em vez do 2025 — pequenas melhorias que não custam extra, mas que você vai agradecer no longo prazo.

Se Você É Sensível a Ruído:

A redução de 2 decibéis no nível de ruído pode ser o diferencial decisivo. Para quem joga em ambientes silenciosos ou durante a madrugada — aquele momento sagrado em que a casa finalmente sossega —, um console mais discreto vale ouro. Literalmente, considerando o preço do PS5 Pro no Brasil.

E aqui vai uma observação técnica: 2 dB de redução, na prática, significa que a ventoinha está girando cerca de 10-15% mais devagar em situações de carga média. É perceptível para ouvidos atentos.

O Que Isso Diz Sobre a Estratégia da Sony?

A pergunta que fica no ar é: por que a Sony não reduziu o preço se os custos de fabricação caíram? Componentes otimizados, menos peso (que reduz custos de logística), um controle simplificado — tudo isso deveria, em tese, resultar em economia para a fabricante.

A resposta mais provável é que a Sony está seguindo o manual clássico da indústria de eletrônicos: manter o preço de venda enquanto reduz custos internos para aumentar a margem de lucro. É a mesma estratégia que vimos com as revisões silenciosas do PS5 Slim, que chegou ao mercado no final de setembro com melhorias semelhantes — mas sem redução de preço.

Isso indica que a Sony está mais focada em otimizar sua cadeia de produção e melhorar margens do que em tornar o console mais acessível. Para o consumidor brasileiro, que já enfrenta preços elevados devido a impostos e câmbio, isso é frustrante. Mas não é exatamente surpreendente — afinal, quando foi a última vez que você viu uma empresa reduzir preços voluntariamente quando a demanda está alta?

É curioso notar que a Sony poderia ter usado essas melhorias como justificativa para aumentar o preço — mas optou por não fazer isso. Talvez porque sabe que o mercado brasileiro já está no limite do que pode absorver em termos de precificação premium.

O Impacto Real na Sua Experiência de Jogo

Vamos ser diretos: essas mudanças não vão fazer seus jogos rodarem mais rápido, não vão melhorar os gráficos e não vão reduzir o tempo de carregamento. O PS5 Pro revisado joga exatamente da mesma forma que o original. Mesma GPU, mesma CPU, mesma memória, mesmo SSD.

O que muda é o conforto de uso no longo prazo:

  • Menos ruído significa menos distração durante cutscenes cinematográficas ou jogos narrativos como The Last of Us Part II ou God of War Ragnarök, onde cada diálogo importa.
  • Menor consumo de energia se traduz em economia na conta de luz: cerca de R$ 3 a R$ 5 por mês para quem joga 4 horas por dia, considerando a tarifa média brasileira de R$ 0,80 por kWh. No fim das contas, são uns R$ 50-60 por ano — não vai pagar o console, mas também não é desprezível.
  • Peso reduzido facilita o transporte se você costuma levar o console para a casa de amigos ou eventos. E olha, 87 gramas podem parecer nada, mas quando você está carregando o console numa mochila junto com cabos e controles, cada grama conta.

São melhorias de qualidade de vida, não de performance bruta. O que nos leva a crer que a Sony está apostando em refinamento incremental — a mesma estratégia que a Apple usa há anos com o iPhone. Pequenas melhorias ano a ano que, isoladamente, parecem irrelevantes, mas que somadas ao longo de 3-4 gerações fazem diferença significativa.

E Quando Chega ao Brasil?

A nova versão revisada já está disponível na Europa e deve chegar ao mercado brasileiro nas próximas semanas. Considerando o histórico recente da Sony — que trouxe o PS5 Slim revisado para cá no final de setembro —, é razoável esperar que o CFI-7121 esteja nas prateleiras (físicas e virtuais) até o final de novembro.

O preço estimado? Prepare o bolso: entre R$ 6.999 e R$ 7.499, dependendo do varejista e de eventuais promoções de Black Friday. Não espere que a Sony reduza o valor oficial só porque os custos de produção caíram — isso simplesmente não é o estilo da empresa. E francamente, com o dólar oscilando entre R$ 5,50 e R$ 6,00, qualquer redução de custo na fabricação provavelmente será engolida pela variação cambial.

Veredicto Final: Comprar, Esperar ou Ignorar?

Compre agora se você encontrar uma boa promoção do modelo original e não se importa com 2 decibéis a mais de ruído. Honestamente, a diferença é tão pequena que só quem tem ouvido muito sensível ou joga em ambientes extremamente silenciosos vai perceber.

Espere a nova versão se você está disposto a aguardar algumas semanas e valoriza um console mais silencioso e eficiente. Mas só faz sentido se o preço for o mesmo — pagar mais por essas melhorias incrementais seria um tiro no pé.

Ignore completamente se você já possui o PS5 Pro original — não há absolutamente nenhuma razão técnica ou prática para fazer upgrade. Seria como trocar de carro porque o modelo novo tem um porta-copos redesenhado.


E você, pretende esperar pela versão revisada ou já garantiu o seu PS5 Pro? Se já tem o modelo original, notou algum ruído excessivo durante o uso? Compartilhe sua experiência nos comentários — porque, no fim das contas, a opinião de quem já está usando vale mais do que qualquer análise técnica.


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