Vazamento no LinkedIn revela possível remake de Resident Evil 0 — a Capcom está apostando demais na nostalgia?

Um currículo atualizado no LinkedIn pode ter revelado o próximo grande projeto da Capcom. Jon McLaren — ator de captura de movimento conhecido por dar vida ao Star-Lord em Guardiões da Galáxia — listou recentemente sua participação em um misterioso “Projeto Chamber”. Para os fãs de Resident Evil, o codinome acendeu um alerta imediato: Chamber seria uma referência a Rebecca Chambers, protagonista de Resident Evil 0?

⚠️ Importante: Nenhuma informação neste artigo foi confirmada oficialmente pela Capcom. Tudo aqui é baseado em rumores e especulações do mercado.

O indício que movimentou a comunidade

A pista não surgiu do nada. O “Projeto Chamber” apareceu no portfólio da Beyond Capture Studios, empresa especializada em captura de performance que já trabalhou nos remakes de Resident Evil 2, 3 e 4. A conexão faz sentido — se a Capcom está mesmo produzindo outro remake da franquia, usar a mesma equipe técnica seria o caminho natural.

Mas aqui está o primeiro ponto de atenção: a ligação entre “Chamber” e “Chambers” exige uma boa dose de interpretação. Codinomes de projetos podem ser completamente aleatórios ou intencionalmente enganosos para evitar vazamentos. Lembra quando todo mundo tinha certeza de que “Project Resistance” seria um novo jogo single-player de Resident Evil? No fim das contas, era um multiplayer assimétrico que ninguém pediu.

Quem diabos é Rebecca Chambers?

Se você entrou na franquia pelos remakes recentes, talvez nunca tenha cruzado com Rebecca. Ela foi protagonista de Resident Evil 0, lançado originalmente em 2002 para o GameCube como uma prequela do primeiro jogo.

Perfil da personagem:

• Médica novata da equipe S.T.A.R.S. Bravo Team
• Tem apenas dezoito anos durante os eventos de RE0
• Parceira de Billy Coen, um ex-militar condenado por crimes de guerra
• Aparece brevemente em Resident Evil 1 e retorna em Resident Evil 5

Por que ela importa?

Rebecca representa uma das poucas protagonistas femininas da era clássica da série. Sua juventude e inexperiência criavam uma dinâmica interessante de vulnerabilidade — algo raro em uma franquia cheia de soldados durões e agentes especiais.

A estratégia de remake em cadeia da Capcom

Vamos olhar para os números. Desde 2019, a Capcom transformou remakes de Resident Evil em uma máquina de imprimir dinheiro:

O padrão é claro: a empresa está revisitando os títulos clássicos em ordem cronológica (mais ou menos), atualizando-os para o RE Engine e vendendo milhões de cópias no processo. É uma estratégia comercial genial — você monetiza o catálogo antigo enquanto conquista uma nova geração de jogadores.

Mas aqui está a questão: Resident Evil 0 foi o jogo menos popular dessa era clássica. Enquanto RE 1, 2 e 4 são considerados obras-primas, RE 0 sempre foi visto como o primo menos carismático da família. O sistema de troca de personagens em tempo real era inovador; também era frustrante. A história, embora interessante, nunca teve o mesmo impacto cultural.

O roadmap dos próximos anos (se os rumores estiverem certos)

Assumindo que as especulações tenham algum fundamento, a Capcom teria uma linha de produção bem definida:

Fevereiro de 2026 (daqui a 4 meses):

Resident Evil Requiem — um título inédito que deve amarrar pontas soltas de tramas antigas da série. Este é o único projeto oficialmente confirmado até agora.

Primeiro trimestre de 2027 (daqui a 1 ano e meio):

Remake de Resident Evil Code Veronica — outro rumor persistente, mas que faz todo sentido. Code Veronica é considerado por muitos fãs como o “verdadeiro” RE 3, e Claire Redfield merece voltar aos holofotes.

2028 (daqui a 3 anos):

Possível remake de Resident Evil 0 — o projeto mais especulativo dessa lista toda.

A pergunta que ninguém quer fazer: a gente realmente precisa de tudo isso?

O elefante zumbi na sala

Olha, eu entendo o apelo. Remakes bem-feitos são uma delícia — você revive memórias da infância com gráficos modernos, controles atualizados e aquele carinho técnico que só décadas de evolução tecnológica podem trazer.

Mas existe um limite antes de virarmos reféns da nostalgia?

A indústria de games está cada vez mais dependente de propriedades intelectuais seguras. Remakes, remasters, reboots — tudo que minimize o risco financeiro. E enquanto isso, projetos originais e arriscados ficam em segundo plano. É curioso notar que, quanto mais tecnologia temos para criar mundos inéditos, mais voltamos aos mesmos cenários de vinte anos atrás.

Pense comigo:

• Quantas vezes você quer revisitar a mansão Spencer?
• Em 2028, estaremos jogando um remake de um jogo de 2002 que já teve um remaster em HD em 2016
• Isso sem contar que RE 0 nunca foi um favorito dos fãs — por que priorizar ele em vez de criar algo novo?

O que muda para você (se isso tudo for real)

Se você é fã hardcore:

A chance de ver Rebecca Chambers reimaginada com a qualidade técnica do RE Engine é tentadora. Novas cenas, conteúdo expandido, talvez até uma reescrita que corrija os problemas narrativos do original. Convenhamos: a Capcom já provou que sabe dar um jeito de melhorar até as partes mais fracas dos jogos clássicos.

Se você nunca jogou RE 0:

Pode ser uma ótima porta de entrada para conhecer uma parte da mitologia que geralmente fica de fora das conversas. E jogar como uma médica de dezoito anos enfrentando sanguessugas gigantes tem seu charme — ainda que bizarro.

Se você está cansado de remakes:

Prepare-se para mais três anos de especulações, vazamentos e hype em cima de jogos que você já conhece. A Capcom claramente encontrou uma fórmula lucrativa e não vai abandoná-la tão cedo.

O veredicto (por enquanto)

Vamos ser honestos: um currículo no LinkedIn não é exatamente uma fonte blindada. Pode ser RE 0, pode ser outro projeto completamente diferente, pode ser até um DLC para um jogo existente. A indústria de games é cheia de rumores que nunca se concretizam — lembra do Silent Hills que nunca saiu do papel?

O que sabemos de verdade:

• A Capcom ama remakes de Resident Evil (e eles vendem muito)
• A Beyond Capture Studios está trabalhando em alguma coisa
• Rebecca Chambers é uma personagem subutilizada com potencial

O que é pura especulação:

• Literalmente todo o resto

Enquanto não tivermos um anúncio oficial — de preferência com trailer, gameplay e data de lançamento — trate tudo isso como o que realmente é: uma teoria interessante baseada em migalhas de informação. O que nos leva a crer que a Capcom vai continuar surfando nessa onda de remakes até o mercado cansar ou os números começarem a cair.

E aí, você embarcaria em mais um remake de Resident Evil? Ou preferia que a Capcom investisse essa energia em algo completamente novo? A resposta provavelmente diz muito sobre onde você está na jornada entre nostalgia e inovação.

Fique de olho: Se o padrão se repetir, qualquer anúncio oficial viria apenas alguns meses antes do lançamento. Então, se RE 0 remake for real mesmo, não espere confirmação antes de 2027. Até lá, é especulação e mais especulação.