Galaxy S26 Ultra: Anatel confirma bateria de 5.000 mAh e revela estratégia polêmica da Samsung | Tech No Lógico

Galaxy S26 Ultra: Anatel confirma bateria de 5.000 mAh e revela estratégia polêmica da Samsung | Tech No Lógico

Galaxy S26 Ultra: Anatel confirma bateria de 5.000 mAh enquanto Samsung mantém estratégia polêmica no mercado

A Samsung mantém a mesma capacidade de bateria do antecessor enquanto concorrentes já ultrapassaram os 6.000 mAh. A certificação brasileira revela escolhas que podem impactar o posicionamento do flagship no mercado nacional.

A Anatel homologou recentemente o Galaxy S26 Ultra para o mercado brasileiro — e os documentos oficiais confirmam uma decisão que divide opiniões: a Samsung manteve a bateria de 5.000 mAh, idêntica ao S25 Ultra. Num cenário onde marcas como Xiaomi e OnePlus já oferecem capacidades superiores a 6.000 mAh, a escolha parece conservadora demais para um smartphone que chegará ao Brasil em fevereiro de 2026.

Mas será que essa aparente estagnação conta toda a história?

Destaques Rápidos

  • Certificação confirmada: Anatel homologou o modelo SM-S948B/DS na semana passada
  • Bateria mantida: 5.000 mAh — sem upgrade em relação ao S25 Ultra
  • Carregador na caixa: Adaptador de 25W incluído (embora suporte 60W)
  • Fabricação nacional: Produção em Campinas e Manaus
  • Lançamento atrasado: Fevereiro de 2026, quebrando tradição de 15 anos

O que a certificação Anatel revela sobre o S26 Ultra

A homologação brasileira, emitida com o código SM-S948B/DS, confirma que o Galaxy S26 Ultra terá suporte Dual SIM e será fabricado localmente. Duas unidades da Samsung no Brasil — uma em Campinas e outra em Manaus — participarão da produção, ao lado de fábricas no Vietnã e Coreia do Sul.

Os documentos oficiais também expõem uma estratégia que, no mínimo, levanta sobrancelhas: enquanto o mercado premium caminha para baterias cada vez maiores, a Samsung optou por manter os mesmos 5.000 mAh do modelo anterior. É como se uma montadora mantivesse o mesmo tanque de combustível enquanto todos os concorrentes aumentaram a autonomia dos seus carros.

Convenhamos: num segmento onde cada miliampere-hora é celebrado como vitória de marketing, a decisão soa quase… ousada?

A polêmica da bateria: Samsung na contramão do mercado

ModeloBateriaCarregamentoTela
Galaxy S26 Ultra5.000 mAh60W (25W na caixa)6,9″ 120Hz
Galaxy S25 Ultra5.000 mAh45W6,8″ 120Hz
Xiaomi 15 Ultra6.000 mAh90W6,73″ 120Hz
OnePlus 136.000 mAh100W6,82″ 120Hz

Os números não mentem. Enquanto a Samsung estagnou na capacidade da bateria, concorrentes diretos já saltaram para 6.000 mAh. E tem mais: o carregador incluído na caixa continua sendo o de 25W — mesmo o aparelho suportando 60W com fio.

Por que a Samsung fez essa escolha? A resposta pode estar no design; os documentos indicam que o S26 Ultra será mais fino que o antecessor, sugerindo que a marca priorizou elegância sobre autonomia bruta. É uma aposta arriscada num mercado que valoriza cada hora adicional de uso.

Mas aqui está o detalhe que muitos ignoram: capacidade bruta de bateria não é tudo.

Snapdragon 8 Elite Gen 5: quando eficiência supera volume

Se a bateria decepciona no papel, o processador promete compensar na prática. O Snapdragon 8 Elite Gen 5 for Galaxy representa um salto geracional em eficiência energética — é como trocar um motor V8 por um híbrido: menos consumo, performance equivalente (ou superior).

A tela Dynamic AMOLED 2X de 6,9 polegadas mantém a taxa de atualização variável de 1 a 120 Hz, tecnologia que economiza energia quando você está apenas lendo ou navegando em apps simples. É curioso notar que a Samsung raramente perde em testes de autonomia real, mesmo quando os concorrentes trazem baterias maiores.

O que nos leva a crer que há uma estratégia mais sofisticada por trás dessa aparente conservadorismo.

Sistema de câmeras: quatro lentes para cobrir todas as distâncias

O conjunto fotográfico do S26 Ultra impressiona — pelo menos no papel:

  • Principal: 200 MP com estabilização óptica (sensor ISOCELL HP2)
  • Ultrawide: 50 MP para fotos panorâmicas
  • Telefoto 1: 12 MP com zoom óptico 3x e estabilização
  • Telefoto 2: 50 MP com zoom óptico 5x e estabilização
  • Frontal: 12 MP

A Samsung apostou em dois sensores telefoto diferentes — estratégia que permite zoom de qualidade tanto em distâncias médias (3x) quanto longas (5x). É como ter duas lentes dedicadas: uma para retratos e outra para paisagens distantes.

A questão é se essa configuração justificará o posicionamento premium quando marcas chinesas oferecem sensores ainda maiores por menos dinheiro.

Lançamento em fevereiro quebra tradição de uma década e meia

Aqui está uma mudança que merece atenção: segundo as certificações, o Galaxy S26 Ultra chegará em fevereiro de 2026, não em janeiro como manda a tradição. Desde 2010, a Samsung sempre apresenta a linha Galaxy S no primeiro mês do ano.

Linha do Tempo dos Lançamentos Galaxy S

  • 2024: Galaxy S24 em janeiro
  • 2025: Galaxy S25 no final de janeiro
  • 2026: Galaxy S26 Ultra previsto para fevereiro (se confirmado)

O atraso pode indicar problemas na cadeia de produção; ou talvez uma estratégia para evitar o período pós-festas de fim de ano, quando as vendas tradicionalmente desabam. Para o consumidor brasileiro, isso significa esperar um pouco mais — mas também pode resultar em um produto mais refinado (ou num estoque mais controlado para evitar descontos agressivos nos primeiros meses).

Android 16 e One UI 8.5: o ecossistema como diferencial

O S26 Ultra chegará com Android 16 e a interface One UI 8.5, prometendo sete anos de atualizações de segurança. Sete. Anos. Isso significa que um aparelho comprado em 2026 receberá suporte até 2033 — quando muitos concorrentes já terão abandonado modelos lançados em 2027.

A Samsung também incluiu conectividade via satélite para emergências, recurso que pode ser crucial num país continental como o Brasil, onde a cobertura de rede ainda é irregular em muitas regiões.

Vale a pena esperar ou partir para a concorrência?

A certificação Anatel confirma que o Galaxy S26 Ultra será um smartphone competente, mas não revolucionário. A manutenção da bateria de 5.000 mAh num mercado que já oferece 6.000 mAh é uma decisão arriscada — ou calculada, dependendo do ponto de vista.

Se você prioriza autonomia máxima acima de tudo, modelos como Xiaomi 15 Ultra ou OnePlus 13 podem ser alternativas mais atrativas. Mas se busca o ecossistema Samsung, câmeras versáteis e atualizações garantidas por sete anos, o S26 Ultra ainda faz sentido.

A fabricação nacional em Campinas e Manaus também pode resultar em preços mais competitivos — especialmente considerando os incentivos fiscais para produção local. No fim das contas, isso pode ser o diferencial que compensa a bateria “conservadora”.

O veredicto: jogada segura ou oportunidade perdida?

Os documentos da Anatel revelam um Galaxy S26 Ultra que joga seguro demais; a Samsung preferiu manter a fórmula conhecida a arriscar inovações que poderiam desagradar o público tradicional da marca.

Para quem esperava uma revolução na autonomia, a decepção é evidente. Mas para usuários que valorizam design refinado, câmeras versáteis e a confiabilidade do ecossistema Samsung, o S26 Ultra ainda pode ser uma escolha sólida quando chegar às lojas brasileiras em fevereiro.

A questão que fica no ar é: num mercado cada vez mais competitivo, será que jogar seguro é a estratégia certa? Ou a Samsung sabe algo sobre eficiência energética que os números brutos de mAh não conseguem capturar?

Só o uso real revelará se essa aposta foi brilhante — ou apenas conservadora demais.

Vinícius Sousa

Especialista em Engenharia de Computação e Arquitetura de Soluções, dedicado à análise técnica de hardware, software e tendências globais.

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