Xiaomi 17 Ultra: A Revolução das Câmeras Leica Certificadas APO que Esgotou em Minutos na China
O que acontece quando uma marca chinesa decide enfrentar a Apple de igual para igual? A Xiaomi acaba de dar a resposta com o 17 Ultra — um smartphone que não apenas pulou a numeração 16 para competir diretamente com o iPhone 17, mas também trouxe a primeira certificação apocromática da Leica para o mundo mobile.
Lançado na quarta-feira passada e colocado à venda no sábado, o aparelho esgotou praticamente na hora na China. Agora, revendedores estão cobrando até R$ 7.888 por um dispositivo que custava oficialmente R$ 7.098. Convenhamos: não é todo dia que vemos um fenômeno assim.
Especificações que Impressionam
- Câmera principal: 50MP com sensor de 1 polegada e certificação APO da Leica
- Teleobjetiva revolucionária: 200MP com zoom óptico contínuo entre 75mm-100mm
- Processador: Snapdragon 8 Elite Gen 5 (3nm)
- Bateria gigante: 6.800mAh com carregamento de 90W
- Tela premium: 6,9″ AMOLED LTPO de até 120Hz
- Integração Apple: Espelhamento nativo com iPhone, iPad e Mac
A Estratégia Ousada da Numeração
Lei Jun, CEO da Xiaomi, foi direto ao ponto: a empresa pulou propositalmente o número 16 para posicionar o 17 Ultra como rival direto do iPhone 17. Não é apenas marketing. É uma declaração de guerra no segmento premium.
“Decidimos pular a numeração 16 e partir direto para o modelo 17 Ultra para competir diretamente com a linha iPhone 17 da Apple” — Lei Jun, CEO da Xiaomi
Essa estratégia reflete a confiança da marca chinesa em suas inovações, especialmente na parceria exclusiva com a Leica que resultou em avanços únicos na fotografia mobile. E olha que a Leica não distribui suas certificações como brinde de festa.
O Diferencial Leica: Mais que Marketing
A parceria entre Xiaomi e Leica vai muito além de uma logo no aparelho. O 17 Ultra se tornou o primeiro smartphone da história a receber a certificação apocromática (APO) da fabricante alemã — algo que, até poucos meses atrás, parecia improvável para qualquer dispositivo móvel.
O que é a Certificação APO?
A certificação apocromática da Leica é um padrão rigoroso usado tradicionalmente em lentes profissionais de câmeras. Ela garante que a lente corrige aberrações cromáticas de forma excepcional, resultando em imagens com cores mais precisas e bordas mais nítidas. Até agora, nenhum smartphone havia conquistado essa certificação — o que torna o feito da Xiaomi ainda mais impressionante.
O sistema de câmeras inclui um sensor principal de 50MP com tamanho de 1 polegada, praticamente do mesmo tamanho usado em câmeras compactas premium. Mas é a teleobjetiva de 200MP que rouba a cena: ela oferece algo inédito, um zoom óptico contínuo entre 75mm e 100mm, eliminando os “saltos” tradicionais entre diferentes níveis de zoom. É curioso notar que essa tecnologia resolve um problema que muitos fotógrafos mobile nem sabiam que tinham.
Desempenho de Flagship Verdadeiro
O Snapdragon 8 Elite Gen 5, fabricado em processo de 3nm, promete eficiência energética superior combinada com a bateria de 6.800mAh — uma das maiores já vistas em smartphones premium. A densidade energética de 882Wh/L permite essa capacidade sem tornar o aparelho excessivamente pesado (224g, para ser exato).
Comparativo com a Concorrência Premium
| Especificação | Xiaomi 17 Ultra | iPhone 17 Pro Max | Galaxy S25 Ultra |
|---|---|---|---|
| Tela | 6,9″ AMOLED 120Hz | 6,9″ ProMotion 120Hz | 6,8″ Dynamic AMOLED 120Hz |
| Processador | Snapdragon 8 Elite Gen 5 | A19 Pro | Snapdragon 8 Elite Gen 4 |
| Câmera Principal | 50MP (1″) + APO Leica | 48MP + LiDAR | 200MP |
| Bateria | 6.800mAh | 4.850mAh | 5.300mAh |
| Carregamento | 90W com fio / 50W sem fio | 30W com fio / 25W MagSafe | 45W com fio / 25W sem fio |
| RAM Máxima | 16GB | 12GB | 16GB |
A diferença na capacidade de bateria salta aos olhos: o Xiaomi oferece 40% mais energia que o iPhone e quase 30% a mais que o Galaxy. Para quem passa o dia inteiro fotografando ou editando vídeo, isso não é detalhe.
A Jogada Inteligente do Ecossistema
Uma das surpresas do 17 Ultra é a integração nativa com dispositivos Apple. Você pode espelhar e controlar a tela do Xiaomi diretamente de um iPhone, iPad ou Mac — uma funcionalidade que poucos esperavam ver em um smartphone Android.
Essa estratégia cross-platform é inteligente: reconhece que muitos usuários premium têm dispositivos de diferentes marcas e oferece uma experiência integrada que vai além das limitações tradicionais entre sistemas operacionais. Porque, no fim das contas, quem nunca quis dar um jeito de fazer Android e iOS conversarem de verdade?
O Fenômeno do Esgotamento Instantâneo
As vendas do 17 Ultra começaram no sábado às 10h na China e o estoque desapareceu em questão de minutos. A variante top de linha (16GB/1TB), que custava oficialmente 8.499 yuans (cerca de R$ 6.700), já aparece em revendedores por mais de 10 mil yuans (R$ 7.888).
Esse esgotamento não é apenas hype. Reflete uma demanda real por smartphones que ofereçam algo genuinamente diferente no segmento premium; a combinação de câmeras certificadas pela Leica, bateria gigante e processador de última geração criou um produto que os consumidores chineses claramente desejam. E estão dispostos a pagar mais caro por ele no mercado paralelo.
E o Lançamento Internacional?
Por enquanto, a Xiaomi não anunciou planos para trazer o 17 Ultra para outros mercados, incluindo o Brasil. Historicamente, a empresa costuma testar seus flagships mais premium primeiro na China antes de expandir globalmente — uma estratégia que faz sentido, considerando que o mercado doméstico representa uma fatia considerável de suas receitas.
Considerando o sucesso inicial e a estratégia declarada de competir com a Apple, é provável que vejamos o 17 Ultra em mercados internacionais nos próximos meses, possivelmente com algumas adaptações para atender regulamentações locais. A pergunta não é “se”, mas “quando”.
Implicações para o Mercado Premium
O Xiaomi 17 Ultra representa mais que um novo smartphone: é um marco na evolução das marcas chinesas no segmento premium. A certificação APO da Leica, a integração com o ecossistema Apple e o esgotamento instantâneo mostram que consumidores estão dispostos a considerar alternativas aos gigantes tradicionais. E não estão apenas considerando — estão comprando.
Para a Apple e Samsung, isso significa pressão adicional para inovar, especialmente em áreas como bateria e fotografia. Para os consumidores, representa mais opções no topo da pirâmide tecnológica. O que nos leva a crer que 2026 será um ano particularmente interessante para quem acompanha o mercado de smartphones premium.
A pergunta que fica é: quando poderemos colocar as mãos neste aparelho fora da China? Por enquanto, só nos resta aguardar — e torcer para que a Xiaomi não demore muito para expandir sua revolução fotográfica para o resto do mundo. Será que ela vai dar um jeito de acelerar esse processo, ou vai seguir sua tradicional estratégia cautelosa?
