Apple Lança Bolsinha de R$ 1.200 para iPhone: Genialidade ou Exagero? | Tech No Logico

Apple Lança Bolsinha de R$ 1.200 para iPhone: Genialidade ou Exagero? | Tech No Logico

Apple Transforma iPhone em Acessório de Moda: A Bolsinha de R$ 1.200 que Ninguém Pediu (Mas Todos Vão Querer Ver)

A Apple anunciou hoje algo que ninguém pediu — mas que talvez todo mundo queira. Em parceria com a grife japonesa ISSEY MIYAKE, a gigante de Cupertino acaba de revelar o iPhone Pocket: uma bolsinha de tricô 3D para carregar seu celular. Preço? Até R$ 1.213.

E agora você deve estar se perguntando: a Apple perdeu completamente o rumo ou descobriu algo que o mercado ainda não entendeu?

Quando Tecnologia Vira Passarela

O iPhone Pocket não é apenas um case. É uma declaração de intenções. Feito em tricô tridimensional — a mesma técnica que a ISSEY MIYAKE usa em suas roupas de alta-costura —, o acessório promete transformar a forma como você carrega seu iPhone. Pode ser usado como bolsa transversal, pochete no pulso ou até como colar. Tudo isso enquanto mantém aquele visual minimalista que faz você parecer que acabou de sair de uma galeria de arte em Tóquio.

Yoshiyuki Miyamae, diretor criativo da ISSEY MIYAKE, resume a filosofia: “A alegria de usar o iPhone do seu próprio jeito”. Molly Anderson, da Apple, complementa dizendo que o produto é “um complemento natural” aos iPhones.

Natural? Bem, isso depende do seu conceito de naturalidade — e do tamanho da sua conta bancária.

Dois Tamanhos, Uma Única Certeza: Vai Pesar no Bolso

Versão Preço (EUA) Preço (Brasil)* Para Que Serve
Curta US$ 149,95 ~R$ 791 Transporte básico, estilo pochete
Longa US$ 229,95 ~R$ 1.213 Uso como bolsa transversal completa

*Valores aproximados pela cotação atual do dólar

As vendas começam nesta quinta-feira (14/11) em oito países: França, China, Itália, Japão, Cingapura, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos. Brasil? Nem pensar. Mas convenhamos — com esse preço, talvez seja até um alívio.

A Compatibilidade Universal Que Ninguém Esperava

Aqui está o ponto interessante: o iPhone Pocket funciona com todos os modelos de iPhone. Sim, aquele iPhone 8 esquecido na gaveta? Serve. O iPhone 16 Pro Max que você acabou de comprar? Também.

É raro ver a Apple abraçar a retrocompatibilidade com tanto entusiasmo — geralmente, a empresa prefere que você jogue fora o modelo antigo e compre o novo. Será que isso indica uma mudança de filosofia? Ou é apenas porque uma bolsa de tricô não precisa de chip proprietário?

Apple e Moda: Um Casamento de Conveniência?

Esta não é a primeira vez que a Apple flerta com o mundo fashion. Lembra do Apple Watch Edition de ouro, que custava US$ 17 mil em 2015? Ou das parcerias com Hermès para pulseiras de couro que custam mais que alguns notebooks?

A diferença é que, desta vez, a Apple não está apenas vendendo um acessório caro — está vendendo uma identidade.

  • 2015: Apple Watch Edition em ouro — fracasso monumental
  • 2015-presente: Parceria com Hermès — sucesso moderado entre nicho específico
  • 2020: MagSafe Wallet de couro — acessório prático que virou febre
  • Hoje: iPhone Pocket — a aposta mais ousada em lifestyle até agora

A pergunta é: o público quer que a Apple seja uma marca de moda, ou prefere que ela continue fazendo o que sempre fez de melhor — tecnologia que funciona?

O Que Isso Revela Sobre o Futuro da Apple

Vamos ser honestos: a Apple não está mais revolucionando smartphones como em 2007. O iPhone 16 é ótimo, mas é basicamente uma evolução do iPhone 15, que era uma evolução do 14, que… você entendeu. Quando a inovação tecnológica desacelera, o que resta?

Lifestyle.

A estratégia é clara: se você já comprou o iPhone, o MacBook, o Apple Watch e o AirPods, o próximo passo é fazer você comprar coisas que complementam esses produtos. Uma bolsinha de R$ 1.200 não é sobre funcionalidade — é sobre pertencimento. É sobre dizer “eu faço parte deste ecossistema” de uma forma visível, palpável, fashion.

Tim Cook está transformando a Apple de uma empresa de tecnologia em uma marca de estilo de vida premium. E isso não é necessariamente ruim — é apenas diferente do que Steve Jobs provavelmente faria. É curioso notar que, enquanto Jobs obcecava por fazer o iPhone desaparecer no bolso das calças, Cook agora quer que você o exiba pendurado no pescoço como uma joia minimalista japonesa.

Vale a Pena? Depende de Quem Você É

Para o entusiasta de moda masculina: Se você é do tipo que investe em peças de design japonês e entende a diferença entre tricô 2D e 3D, o iPhone Pocket faz sentido. É um statement piece que combina tecnologia e moda de forma genuína.

Para o usuário prático: Honestamente? Não. Você consegue uma pochete decente por R$ 50 que faz exatamente a mesma coisa. A menos que você precise que as pessoas saibam que você gastou R$ 1.200 em uma bolsinha para celular.

Para o colecionador Apple: Provavelmente já está na fila para comprar. E tudo bem — colecionadores não seguem lógica de custo-benefício mesmo.

Para quem mora no Brasil: Esquece. Mesmo que você consiga importar (o que vai adicionar mais uns 60% de impostos), você vai gastar o equivalente a um iPhone SE inteiro só para carregar seu iPhone de forma “estilosa”.

A Pergunta de R$ 1.200

No fim das contas, o iPhone Pocket levanta uma questão maior: até onde vai nossa disposição de pagar pela marca Apple? Um iPhone caro faz sentido — é tecnologia de ponta, câmeras incríveis, processador potente. Mas uma bolsinha de tricô?

Talvez a genialidade esteja justamente aí: a Apple descobriu que pode vender qualquer coisa, desde que tenha o design certo e a história certa. E se a ISSEY MIYAKE está envolvida, a história praticamente se conta sozinha.

Você vai comprar? Provavelmente não. Mas vai ficar curioso quando ver alguém usando? Com certeza. E no mundo do marketing, curiosidade já é meio caminho andado para o desejo.

O que nos leva a crer que, daqui a três anos, metade dos influenciadores de tecnologia estará desfilando por aí com seus iPhones pendurados no pescoço — e nós, meros mortais, continuaremos usando o bom e velho bolso da calça.

E você, o que acha? A Apple está expandindo seus horizontes de forma inteligente ou perdendo o foco no que realmente importa? Uma coisa é certa: ninguém pode acusar a empresa de Cupertino de ser previsível.

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