Apple Quebra Tabu de 30 Anos: Mac Com Chip de iPhone Por Menos de US$ 1.000 Vem Aí | Tech No Logico

Apple Quebra Tabu de 30 Anos: Mac Com Chip de iPhone Por Menos de US$ 1.000 Vem Aí | Tech No Logico

Apple Rompe Tradição de Três Décadas: Mac Com Chip de iPhone Por Menos de US$ 1.000 Promete Revolucionar o Mercado

A Apple sempre foi sinônimo de premium. Produtos caros, design impecável, status. Mas e se a gigante de Cupertino estiver prestes a abandonar essa identidade construída há décadas? Pela primeira vez desde os anos 90, a empresa prepara um laptop para competir diretamente com Chromebooks e PCs Windows de entrada — aqueles que você encontra por menos de mil dólares.

A pergunta que fica no ar: será o fim da Apple como conhecemos, ou uma jogada genial para dominar um mercado que ela sempre ignorou?

O Plano Secreto: Codinome J700

Segundo informações reveladas por Mark Gurman, da Bloomberg, a Apple está desenvolvendo um Mac com preço abaixo de US$ 1.000 (cerca de R$ 5.500 na conversão direta, sem impostos). O projeto — identificado internamente como J700 — deve chegar ao mercado no primeiro semestre do próximo ano.

Mas aqui está o pulo do gato: esse não será um Mac tradicional. Pela primeira vez na história, a Apple vai usar um processador de iPhone em um laptop; não um chip da linha M, como os atuais MacBook Air e Pro. É como se a empresa estivesse dizendo: “Vamos fazer um Mac de verdade, mas com o DNA de um smartphone”.

Primeira vez que Apple usa chip de iPhone em Mac
A decisão marca uma ruptura técnica radical: ao invés dos chips M (M1, M2, M3…), o novo laptop econômico terá um processador originalmente desenvolvido para iPhones, mas com desempenho prometido superior ao lendário M1.

Por Que Agora? A Pressão Invisível

A resposta está nos números. Hoje, a Apple detém apenas 9% do mercado global de PCs, ocupando o 4º lugar no ranking. Enquanto isso, Chromebooks e notebooks Windows de baixo custo dominam escolas, pequenas empresas e lares que simplesmente não podem — ou não querem — pagar dez mil reais em um computador.

Pense assim: de cada 10 computadores vendidos no mundo, apenas um é um Mac. Os outros nove? São máquinas “comuns”, muitas delas custando um terço do preço de entrada da Apple. É um oceano azul que a empresa sempre observou de longe, mas nunca mergulhou de verdade.

Convenhamos: até a todo-poderosa Apple sente quando o mercado muda de patamar.

O Que Esperar: Especificações e Compromissos

De acordo com as informações disponíveis, o novo Mac econômico terá:

  • Tela LCD menor que 13,6 polegadas (provavelmente 13 ou 12 polegadas)
  • Processador de iPhone com desempenho superior ao M1
  • Preço abaixo de US$ 1.000 (faixa dos Chromebooks premium)

Como Ele Se Compara?

Característica Mac Econômico (2026) Chromebook Premium PC Windows Entrada
Preço < US$ 1.000 US$ 400-700 US$ 300-600
Processador Chip de iPhone (> M1) MediaTek/Snapdragon Intel Celeron/i3
Tela LCD < 13,6″ 13-14″ Full HD 14-15,6″ HD/Full HD
Sistema macOS Chrome OS Windows 11
Ecossistema Apple completo Google limitado Microsoft completo

Repare na coluna de preço: mesmo sendo “econômico”, o Mac ainda custará o dobro de um PC Windows básico. A Apple está apostando que o ecossistema integrado (iPhone, iPad, iCloud) vale essa diferença.

O Elefante na Sala: Chip de iPhone em Mac?

Aqui mora um risco gigante. Os chips da série M foram revolucionários justamente por serem projetados especificamente para Macs, equilibrando desempenho e eficiência energética de forma única. Um processador de iPhone, mesmo turbinado, foi pensado para uma tela de 6 polegadas e multitarefas limitadas.

Claro, a Apple garante que o desempenho será superior ao M1 — chip que, vale lembrar, ainda é vendido no MacBook Air básico em 2025 e roda aplicativos profissionais sem engasgar. Mas será que um chip originalmente desenhado para scrollar Instagram e rodar jogos mobile vai dar conta de planilhas pesadas, edição de fotos e dezenas de abas abertas no navegador?

É curioso notar que a empresa que revolucionou o conceito de “desktop class performance” em smartphones agora faz o caminho inverso.

Quem Vai Querer Isso?

A Apple está mirando três públicos específicos:

1. Setor educacional: Escolas e universidades que hoje compram Chromebooks aos montes. Um Mac “acessível” com todo o ecossistema Apple pode ser tentador para instituições que valorizam segurança e integração.

2. Mercado corporativo de entrada: Empresas que precisam equipar funcionários administrativos com máquinas confiáveis, mas não querem gastar fortunas.

3. Primeiro Mac: Aquela galera que sempre quis entrar no ecossistema Apple, mas achava o investimento inicial proibitivo. É o seu caso?

O Risco da Diluição de Marca

Aqui está o dilema existencial: a Apple construiu seu império sobre a ideia de exclusividade e qualidade premium. Steve Jobs sempre foi categórico: “Não fazemos produtos baratos”. Quando a empresa tentou competir no baixo custo nos anos 90 — lembra do Performa? —, quase quebrou.

Será diferente agora? Talvez. A Apple de 2025 é imensamente mais forte financeiramente e tem um ecossistema integrado que não existia três décadas atrás. Mas o risco permanece: se o Mac econômico for “bom demais”, canibaliza as vendas dos modelos caros; se for “ruim demais”, mancha a reputação da marca.

No fim das contas, é uma aposta de bilhões de dólares em território completamente inexplorado.

Linha do Tempo: O Que Vem Por Aí

  • Primeiro semestre de 2026: Lançamento previsto do Mac econômico (codinome J700)
  • Ao longo de 2026: Apple planeja atualizar praticamente toda a linha Mac
  • Final de 2026/Início de 2027: Possíveis ajustes de estratégia baseados na recepção do modelo econômico

A Grande Aposta

No fundo, essa mudança revela algo maior: até a Apple está sentindo a pressão da commoditização do mercado de PCs. Quando até computadores de 300 dólares conseguem rodar aplicativos de escritório e videoconferências sem travar, fica difícil justificar preços estratosféricos apenas com “experiência premium”.

A questão não é se a Apple consegue fazer um laptop econômico — tecnicamente, ela tem capacidade de sobra. A questão é: ela consegue fazer isso sem perder sua alma? Sem virar “mais uma” fabricante de computadores?

Os próximos meses vão responder. E você, pagaria entre cinco e seis mil reais em um Mac “de entrada” com chip de iPhone? Ou prefere esperar para ver se a promessa de desempenho se confirma na prática?

Uma coisa é certa: o mercado de laptops nunca mais será o mesmo depois dessa jogada. Para o bem ou para o mal.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *