Leon Kennedy Retorna em Resident Evil Requiem: Como Dois Protagonistas Opostos Reinventam o Survival Horror | Tech No Logico

Leon Kennedy Retorna em Resident Evil Requiem: Como Dois Protagonistas Opostos Reinventam o Survival Horror | Tech No Logico

Leon Kennedy e Grace Ashcroft: O Experimento Dual que Pode Revolucionar Resident Evil Requiem

E se você pudesse alternar entre ser a pessoa mais corajosa e a mais assombrada do universo Resident Evil no mesmo jogo? A Capcom acaba de confirmar que Leon Kennedy divide igualmente o protagonismo de Resident Evil Requiem com Grace Ashcroft — e a estratégia por trás dessa escolha pode revolucionar como jogamos survival horror.

Destaques Rápidos

  • Divisão 50/50: Leon e Grace terão tempo de tela praticamente igual
  • Contraste Extremo: Grace foca em terror puro, Leon em ação visceral
  • “Choque Térmico”: Alternância intencional entre tensão lenta e rápida
  • Lançamento: 27 de fevereiro de 2026 (PlayStation 5, Xbox Series X|S, PC)
  • Confirmação: Revelado ontem no The Game Awards 2025

O Experimento da Capcom: Terror vs. Ação em Doses Iguais

Durante o The Game Awards de ontem, a Capcom finalmente esclareceu uma das maiores dúvidas sobre Resident Evil Requiem: qual seria exatamente o papel de Leon Kennedy no jogo. A resposta surpreendeu até os veteranos da franquia.

Segundo a Capcom, os segmentos jogáveis serão divididos meio a meio entre Leon e Grace Ashcroft. Mas não se trata apenas de uma divisão matemática — é uma estratégia narrativa que promete criar o que o diretor Akifumi Nakanishi chama de “choque térmico”.

“É quase como ter dois jogos com tipos de tensão completamente diferentes misturados. O contraste dá ao jogo um ritmo único, como pular em um banho frio depois de sentar em uma sauna quente.”

— Akifumi Nakanishi, Diretor de Resident Evil Requiem

A analogia não é casual. Grace representa a “sauna quente” — tensão que se acumula lentamente, terror psicológico, a sensação de vulnerabilidade absoluta. Leon é o “banho frio” — adrenalina imediata, combate direto, a confiança de quem já enfrentou bioterrorismo dezenas de vezes.

Dois Mundos, Uma História

Aspecto Grace Ashcroft Leon Kennedy
Estilo de Gameplay Baseado em RE2 (lento, metódico) Baseado em RE4 expandido
Foco Principal Terror de sobrevivência clássico Combate visceral e ação
Abordagem Fuga e tensão Artes marciais e confronto
Experiência “Maior medrosa da história de RE” Veterano em bioterrorismo
Ritmo Construção gradual de suspense Sequências de alta intensidade

Grace não é apenas mais uma protagonista — ela representa um retorno às raízes do survival horror clássico. Como agente do FBI investigando o assassinato misterioso de sua mãe em um hotel abandonado, ela encarna a vulnerabilidade que fez os primeiros Resident Evil serem tão marcantes.

Do outro lado, Leon chega ao jogo como o veterano que conhecemos, mas segundo a Capcom, será “levado aos seus limites mais do que nunca”. O gameplay dele expande o sistema de combate de Resident Evil 4, incluindo novas artes marciais e golpes corpo a corpo que refletem décadas de experiência contra criaturas impossíveis.

A Evolução dos Protagonistas Duais em Resident Evil

A franquia já experimentou com múltiplos protagonistas antes, mas nunca com essa divisão equilibrada:

  • 1998 – Resident Evil 2: Leon e Claire com campanhas separadas
  • 2012 – Resident Evil 6: Múltiplas campanhas interconectadas
  • 2025 – Resident Evil Requiem: Narrativa unificada com alternância constante

A diferença crucial está na integração. Em vez de campanhas paralelas, Requiem promete uma história única que ganha profundidade através das perspectivas contrastantes dos dois protagonistas.

O Conceito “Ikeoji” e a Maturidade de Leon

Curiosamente, a Capcom está aplicando o conceito japonês Ikeoji ao Leon — um homem mais velho que combina coolness com atratividade, temperado por humor seco e sarcasmo sutil. É uma evolução natural para um personagem que começou como policial novato em 1998 e agora, quase três décadas depois, carrega o peso de incontáveis missões contra bioterrorismo.

Essa maturidade não é apenas estética. O Leon de Requiem representa a experiência acumulada, enquanto Grace simboliza o terror em estado puro — aquela sensação de estar completamente despreparado que define os melhores momentos da franquia.

Por Que Essa Estratégia Pode Funcionar (Ou Não)

A aposta da Capcom é arriscada, mas inteligente. Ao alternar constantemente entre dois estilos de gameplay opostos, o jogo pode evitar a fadiga que às vezes afeta survival horrors mais longos. Quando você se acostuma com o ritmo lento e metódico de Grace, é jogado na ação frenética de Leon — e vice-versa.

Mas há riscos. Jogadores que preferem um estilo específico podem se sentir frustrados com as constantes mudanças. E manter o equilíbrio entre dois tipos de gameplay tão diferentes, sem que um se sinta como “interrupção” do outro, é um desafio técnico e narrativo considerável.

O Que Isso Significa Para o Futuro da Franquia

Se Resident Evil Requiem conseguir executar essa fórmula dual com sucesso, pode estabelecer um novo padrão para a franquia. A capacidade de alternar entre terror psicológico e ação visceral dentro da mesma experiência narrativa oferece flexibilidade criativa que poucos jogos do gênero conseguem alcançar.

Em pouco mais de dois meses, quando Requiem chegar às lojas, saberemos se a Capcom conseguiu criar o “choque térmico” perfeito — ou se a alternância constante entre sauna e banho frio vai deixar os jogadores apenas confusos e molhados.

Confira a entrevista completa com os desenvolvedores

A questão que fica é: você está preparado para ser Grace Ashcroft e Leon Kennedy ao mesmo tempo? Porque, segundo a Capcom, não há meio-termo em Requiem — você será tanto a presa quanto o predador.

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