Imagine se os resquícios de uma das maiores tragédias da história humana pudessem nos ajudar a entender a origem do nosso Sistema Solar? Parece coisa de filme de ficção científica, mas é a mais pura realidade!
Estudo inovador
Recentemente, uma galera esperta decidiu analisar os detritos da bomba atômica que devastou Hiroshima, no Japão, em 1945. E não é que eles descobriram algo interessante? Segundo o estudo, esses resquícios podem nos dar pistas sobre como o Sistema Solar foi formado.
O que são os vidros de Hiroshima?
Os pesquisadores analisaram pequenas esferas semelhantes a vidro, conhecidas como vidros de Hiroshima. Esses objetos se formaram dentro da bola de fogo provocada pela explosão nuclear. E é aí que a coisa fica interessante: essa formação pode ser parecida com a formação de inclusões ricas em cálcio e alumínio associadas a meteoritos primitivos, que seriam os primeiros sólidos do Sistema Solar.
Como os vidros de Hiroshima foram formados?
Os pesquisadores acreditam que os vidros de Hiroshima se originaram de um processo de rápida condensação (entre 1,2 e 5 segundos) ocorrido a uma temperatura super elevada (entre 720 e 3000 ºC) dentro da bola de fogo da bomba atômica. Ou seja, os vidros de Hiroshima podem ter se formado em um processo semelhante à formação dos meteoritos primitivos.
Composição dos vidros de Hiroshima
Com a explosão, o concreto e o aço dos prédios foram queimados com o calor extremo e, em seguida, rapidamente resfriados e misturados com outros componentes, como areia, água e gases da atmosfera, formando assim os vidros de Hiroshima. Eles até podem possuir composições diferentes em algumas ocasiões, mas todos possuem um aspecto em comum: composições peculiares de oxigênio e silício.
Por que isso é importante?
Esse aspecto chamou a atenção dos cientistas. Isso porque inclusões ricas em cálcio e alumínio encontradas em meteoritos primitivos possuem muitos isótopos de oxigênio-16, que, até então, acredita-se que se formem a partir da condensação de poeira interestelar com gases de nebulosas que se liquidificam e, posteriormente, solidificam. Então, quem diria, hein? Os vidros de Hiroshima podem nos ajudar a entender melhor a origem do nosso Sistema Solar!
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